domingo, agosto 26

Porn de pen

Tu até és gira. Não num sentido de te pôr numa prateleira, eu não te punha numa prateleira. Gira no sentido de fodível. De que apesar de não pareceres uma deusa, se o meu piço tivesse de escolher entre ti e vénus, vénus bem podia ir para o caralho. Vénus ficava muita bem para mostrar aos amigos, para levar a passear para aqueles sítios chiques fazer inveja a toda a gente e depois para casa foder como um troféu, ou mesmo até só para trazer lá por casa para descansar os olhos de vez em quando. Mais ou menos o que tu farias com um arranjo de flores, tirando a parte do foder.

A ti ficava muita bem era levar-te para um sítio sem gente nenhuma e foder-te.

Tu não tens vocação para jarro de flores. Não tens aquele aspecto que faz um gajo dizer “eia bem aquilodeveseragajamaisbouadouniverso!”. As tuas mamas não impressionam. A tua cara tem um ar assim de trazer por casa, um ar de avental borrado ou ceroulas gastas. Não és material de capa de revista. Ninguém faria inveja a ninguém contigo ao lado. Mas foder, isso aposto que fodias muita bem. Tens aquele aspecto de quem fode quase como respira, capaz de contagiar a pessoa ao lado com o mesmo. Não é um ar experiente, nem debochado. Não é a maneira de vestir, nem a maneira de falar, não são poses provocadoras nem conversas de engate. É tudo isto e ao mesmo tempo não é. Como se fosses capaz de parecer estranha e incompreensivelmente debochada mesmo que estivesses a parecer púdica, mesmo que *fosses* púdica e inexperiente –

Tu transpiras foda. Não é uma coisa que tu “faças”, como um penteado ou um piscar de olho. É uma coisa que dir-se-ia que nasceu contigo, que é tão parte de ti como o teu cheiro. Exsudas foda por todos os poros da tua pele, e estar ao pé de ti é como ter um milhão de martelinhos com “foda” escrito a martelarem-me os sentidos.

O teu lugar não é em revistas nem em pedestais. O teu lugar nem sequer é numa cama. Tu és uma criatura da casa de banho pública, do chão de caruma e folhas atrás dos arbustos, do balcão da cozinha ou do banco de trás do carro ou de onde quer que eu te apanhe para te foder. Não porque eu queira foder-te nesses sítios todos. Mas porque não me deixas alternativa.